Há tempos não passo por aqui. Às vezes entro, olho, penso no que gostaria de escrever, e vou embora. Não entendam como preguiça ou desleixo, mas em certos momentos temos tanto a falar que o melhor é calar. Por isso, retomo minhas postagens nesse blog falando de mudança, algo que pode acontecer nos aspectos físicos, emocionais, sociais... Só que hoje eu retrato a mudança no mais puro sentido da palavra: a mudança de casa.
No final de 2011 Paulo e eu decidimos morar no bairro Gardênia Azul, RJ, por ficar mais próximo da Barra da Tijuca, onde trabalhávamos. Só que eu parei de trabalhar depois que a Amanda nasceu, e menos de um ano depois ele foi para uma empresa no Riachuelo, próximo ao Méier. Então não havia mais sentido ficar ali. Além disso, vida de apartamento é muito complicada para o nosso estilo de vida. Nosso cachorro Naruto vivia preso em um corredor minúsculo, e só tínhamos tempo para passear com ele aos finais de de semana. Nossa filha Amanda começava a andar e não podia sair de casa, pois não tínhamos espaço. Sim, precisávamos de uma nova casa urgentemente.
O problema é que é muito difícil alugar uma casa no Rio de Janeiro. E quando você encontra, é um absurdo de tão caro. Pesquisamos em vários bairros do subúrbio: Madureira, Cascadura, Marechal Hermes, Méier, Riachuelo... Além disso, tínhamos que contabilizar as despesas com a creche, pois eu voltaria a trabalhar. Foi aí que uma solução totalmente inesperada surgiu...
A prima do Paulo queria alugar a casa dela em Santa Cruz, para alugar outra mais próxima do centro do bairro. Então vimos com a minha sogra (que mora próximo) se ela gostaria de deixar o atual emprego para cuidar da nossa filha, e manteríamos o salário e os benefícios que ela tinha. Pronto! Conseguimos uma casa espaçosa para nossa família e uma pessoa amorosa para cuidar da nossa bebê.
Paulo embalou as nossas coisas praticamente sozinho. Desmontou os móveis, separou as caixas, enquanto eu ficava com nossa filha na casa da minha mãe em Nova Iguaçu, para ela não ficar na poeira. Um dia antes da mudança, fui para a emergência com a Amanda. Febre alta, falta de apetite e vômitos causados por uma dermatite (conhecida também como assadura). Depois de medicada, voltamos para a casa da minha mãe com a ideia de cancelar tudo. Mas não. Nossa mudança aconteceu no dia 07/06/2014, com atrasos e contratempos. Porém, hoje tenho a plena convicção de que foi o melhor a ser feito.
Então, nestas duas semanas de casa nova, vi meu filho canino Naruto dormir com a barriguinha no sol, vi Amanda brincar com ele no quintal, vi meu marido ouvindo música alta (que no apartamento não podia) e todos nós esparramados no chão da sala, que tem espaço para isso. Se alguém me perguntar o que é felicidade, eu digo: estar com quem se ama, independente de onde seja. Este é o sentido de lar. E é sobre isto que eu tive vontade de escrever hoje.
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