quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Quando a mamãe faz falta




No início do ano, meu pai veio ao Rio realizar alguns exames. Permaneceu duas semanas na cidade, e para voltar para casa em Mato Grosso do Sul, a médica responsável pelo caso sugeriu que alguém o acompanhasse. Mesmo tendo uma filha pequena, eu era a pessoa mais disponível entre os meus irmãos. Mas como ficar tanto tempo longe da minha florzinha?

Ficaria quatro dias fora, e nunca nos distanciamos por tanto tempo assim. Tentei minimizar a ausência materna o máximo que pude: conversei com meu marido para que fosse paciente e prestasse atenção às necessidades dela, pedi para que minha mãe e minha sogra dormissem lá em casa alternadamente, deixei telefones disponíveis para que me ligassem a qualquer hora se surgisse algum problema. E naquela noite chuvosa de quinta-feira, eu fui.

Na primeira noite sem o "mamá", ela chorou. Muito. Insistentemente. Liguei para saber como estavam e a ouvi chorando, gritando "mamãe". Choramos juntas! Me senti uma mãe desnaturada por não estar lá, uma bruxa por causar tanta tristeza em uma garotinha de 1 ano e 8 meses.

Então, um personagem muito importante entrou em cena: o super papai! Meu marido jogou a responsabilidade no peito e mandou ver! Cantou a musiquinha da Dona Aranha 259 vezes para ela dormir, deu banho e trocou fraldas, alimentou, levou ao parquinho... No último dia, ele publicou:


Que fique bem claro, ele sempre me ajudou, e muito! Mas a responsabilidade da mãe vai além do cuidar. É trabalhar fora, organizar as tarefas do lar, dar atenção ao marido, ter um tempo para si (cabelos, unhas) e conciliar tudo isso com a maternidade. Realmente, é muito difícil dar conta, e na maioria das vezes algo fica a desejar. Porém, ser mãe da Amanda sempre foi prioridade para mim, e fico feliz pelo reconhecimento.

Então, na madrugada de domingo para segunda, cheguei em casa. Ela estava dormindo, claro. Aproveitei para dar muitos beijos e matar toda a saudade. Dormimos juntinhos, papai, mamãe e filha, e não trocaria isso por nada nesse mundo. Na segunda fui trabalhar, e quanto cheguei em casa à noite, ela me recebeu de braços abertos e com um grito: MAMÃE!!! <3

E é sobre esse amor de mãe e filha que eu quis escrever hoje.

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